Procurando uma imagem, cheguei ao site da Olivoeiras Produtos Alimentares que nem sei se ainda existe, dado o site ser tão antigo (Última actualização 04-09-1998): é uma daquelas páginas da Tripod que ficam no ar para o resto da vida.
Básicamente, o site é .. mau, era dos simples da altura (1998) e pode-se classificar como “Abandonware” quase.
Mas o curioso de lá é mesmo a história da Azeitona. Enfim cá fica o momento dos Tesourinhos da Cultura, a categoria em que vou passar a publicar estes textos:
Azeitona Preta Galega – a azeitona galega é uma variedade exclusivamente portuguesa. Distingue-se facilmente dos outros tipos devido ao seu pequeno calibre, formato bicudo e sabor característico.
O seu processo de cura é totalmente natural; após a colheita é colocada em água à qual se vai adicionando sal até se atingir o teor indespensável à sua conservação. Devido à sua acidez natural dispensa, em circunstâncias normais, a adição de reguladores de acidez ou de conservantes. Efectivamente, esta característica faz com que a salmoura (designação do líquido de conservação) atinja naturalmente um PH de cerca de 3,5 a 4, ideal para a conservação da azeitona em boas condições microbiológicas, de sabor e consistência. O seu processo de cura totalmente natural leva a que se mantenham as variações originais na sua coloração, que podem ir do castanho até ao preto passando pelo sépia.
O facto de ser, em esmagadora maioria, originária de olivais tradicionais (normalmente não tratados com produtos químicos), tem consequências positivas – estar isenta de resíduos destes produtos. No entanto, em anos agrícolas desfavoráveis do ponto de vista climático é vulnerável ao ataque de insectos (azeitona bichada).
Pode-se, assim, afirmar que a azeitona preta galega é perfeitamente adequada aos mercados mais exigentes, onde os produtos naturais são cada vez mais procurados.
Factos gerais sobre a azeitona
“Olea Europaea Sativa Hoffg, Link”, vulgamente conhecida por Azeitona, fruto da oliveira, é uma drupa de formas diversas com peso variável entre 1.5 g e 15 g.
A oliveira é uma árvore ancestral, originária dos solos pedregosos da Ásia Menor. O seu cultivo racional remonta ao período helénico, provavelmente na ilha de Creta (3.500 a.c.), tendo sido introduzido na Península Ibérica durante o domínio árabe.
Em Portugal predomina no interior do País, com distribuição irregular, estando o tamanho e variedade dos seus frutos dependente da influência de solos e microclimas existentes. O período de colheita decorre de meados de Setembro a Dezembro.
A azeitona de mesa é um alimento de sabor agradável e característico. Consumida como aperitivo ou como acompanhamento de pratos cozinhados, representa uma fonte nutricional, calórica, proteica e vitamínica.
A análise qualitativa e quantitativa, para cada 100 g de azeitona é a seguinte:
Água …………………….. 66g
Composição Orgânica:
Proteídos ……………….. 1g
Lípidos ………………….. 20g
Glucosídeos ……………. 10g
Elementos Minerais:
Enxofre …………………… 27mg
Cloro ………………………. 4mg
Sódio ………………………. 128mg
Magnésio ………………….. 2mg
Cálcio ………………………. 122mg
Ferro ………………………… 2.9mg
Cobre ……………………….. 0.28mg
Manganésio ……………….. 2mg
Iodo ………………………….. 0.011mg
Relação Cálcio/Fósforo …. 8.21
Calorias ……………………. 220 Cal/100
Vitamina A ………………. 1.000 un. intern. (U.I.)