Ontem saiu um excelente artigo disponível no Jornal de Negócios Online intitulado “Um governo a IRS…” . O link está aí atrás e gostaria apenas de destacar duas ou três frases que ficam.
Num dia não muito distante, um presidente demitiu um primeiro-ministro em Portugal. Razão: “trapalhadas”. O estroina Santana Lopes saiu e levou com ele a palavra. Ei-la de volta, acompanhando um apressado aumento da taxa de IRS. E não…
….
Entregámo-nos à intervenção externa de quem também está sem norte. Os mercados “estão descontrolados”, como diz o ministro alemão das Finanças. A UE está desaustinada. Quando Durão Barroso um dia disse que a Europa era um Boeing sem ninguém no cockpit, mal sabia que anos depois o Boeing continuaria sem piloto mesmo com ele a bordo.
Portugal é também um avião sem piloto, mas mais pequeno: é um Cessna, daqueles que fazem publicidade nas praias. Na faixa diz: “Sempre em festa”. Dirige-se para o aeroporto na expectativa de que lá esteja o FMI (e você, senhor contribuinte, já não sabe bem se receia encontrá-lo ou se secretamente o deseja).
Ora as acima, são para mim a mais das puras verdades. Veja-se o que se pode hoje ler acerca destas trapalhadas via Público por exemplo.
“As leis valem a partir do momento em que são publicadas, a partir do dia em que dizem que entram em vigor. Se há uma lei [publicada quinta-feira] que diz que entra em vigor amanhã, então é amanhã [hoje]”, disse em Lisboa Vital Moreira, também eurodeputado eleito pelo PS.
O primeiro ministro, José Sócrates, frisou hoje que a actualização das tabelas de retenção na fonte em sede de IRS produzirá efeitos nos salários de Junho e não já em Maio.
Interrogado sobre o momento em que produzirá efeitos a atualização das tabelas de retenção na fonte em sede de IRS, o primeiro-ministro sublinhou que seria a partir dos ordenados de “Junho, como disse [quinta-feira] o ministro das Finanças [Teixeira dos Santos]”.
“Produz efeitos nos ordenados de Junho. É esta a posição do Governo. Espero que não haja a mínima dúvida”, vincou José Sócrates.
Vital Moreira recusou comentar estas declarações, alegando desconhecê-las.
“Não conheço as declarações do primeiro ministro e não vou comentar”, disse.
Chegámos á desorientação total…. Foi esta a semana após anúncios do governo, e anúncios pela comunicação social, que causaram o caos na interpretação e busca da ultima versão a milhares de Portugueses – pelo menos aqueles que ainda se preocupam alguma coisa com a actualidade e não se resignam a aceitar e simplesmente saber das coisas quando elas já estão aplicadas.
Ontem, após a saída das novas tabelas de IRS, em que até pelos comentários da blogosfera se percebe que os Portugueses nem contas sabem fazer, o governo diz, contradiz e volta a dizer. “Bora lá pagar mais impostos”, e entretanto continua-se com TGV’s (mesmo após os espanhóis o terem suspendido), e cancela-se o concurso da terceira ponte para a seguir fazer um outro.
Da ponte só mais não falo, porque moro na Margem Sul e de facto a ponte faz falta a todos destas zonas, mas por favor…. suspendam os investimentos.
Acabem com as empresas de consultores no estado, e de uma vez por todas ponham os que não fazem nada a trabalhar. Temos pessoas tão qualificadas por aí, e se não chegarem ponham os que estão no desemprego a trabalhar, já que recebem um subsidio. Mas claro para isto tudo é preciso coragem politica, deste ou de qualquer outro governo, e ninguém se entende nestas matérias, como é o hábito. É graças a esta anarquia que isto vai assim e ficará cada vez pior.
E pronto… é fim de semana, devemos aproveitar para não nos aborrecermos e relarxarmos.
Dia 29 acho que existe uma manifestação…. vamos ver quantos lá aparecem. Certamente se criarmos um grupo no facebook para essa causa terá mais apoiantes.
Amigo Edgar,
Se bem me lembro, costumas ser a favor do pais e estar muito satisfeito com a situacao em Portugal (ou talvez esteja a confundir). Se assim e, nao percebo porque raio quererias publicitar uma manifestacao no facebook? Ou so se aceitam pessoas que estejam a viver no pais porque so essas podem falar mal da situacao?
Mas adianta, quanto as coisas que dizes, tenho a dizer que nao concordo com a tua visao sobre tudo.
Concordo, por exemplo, sobre por os desempregados a trabalhar (ja que se lhes estamos a dar um subsidio, isso tens TODA a razao).
Quanto ao parar com o investimento em grandes obras publicas, isso nao e assim tao simples.
Eu dantes tambem nao percebia como e que se podia querer investir em grandes obras publicas em tempos de crise?! Mas depois comecei a analisar o que se passou com os outros grandes paises do mundo e como eles ultrapassaram as crises e percebi que essa e a solucao…
Em suma, a questao de criar grandes obras publicas tem apenas um objectivo:
– criar um projecto interno grande
– que ira contratar pessoas do mesmo pais para o levarem a cabo
– que irao ser pagas e terao de pagar impostos reinjectando o dinhero no governo!
Ou seja, e uma forma de se diminuir a importacao e usar os proprios recursos que temos (e ate, possivelmente, aumentar a exportacao).
O grande problema com esta formula magica (que tem funcionado para outros paises) e que, para gastar dinheiro e preciso ter dinheiro!
E o Estado nao tem dinheiro para estar a gastar com ele mesmo porque ja esta atolhado de dividas…
Alem disto, hoje em dia as grandes obras publicas mudaram (sao altamente especializadas em certas partes [i.e. nem que seja pela tecnologia que se usa] o que significa que acabamos sempre por ir buscar estrangeiros para trabalhar no projecto e pagamos os gajos a peso de ouro [i.e. o metro do porto tinha uma escavadora italiana (ou alema?) e MONTES de italianos a trabalharem nele, mesmo em cargos de direccao) o que torna a escolha do projecto ainda mais dificil!
Estou por isso a justificar a minha razao pela qual obras como o TGV nao farao grande sentido (isto ja para nao falar que e tecnologia desactualizada, nao tem grandes vantagens face ao Alfa pendular e etc…) – a nao ser que criassemos linhas de comboio NOVAS apenas para esse comboio! Isso sim traria montes de emprego porque seria preciso trabalho nao especializado em grande escala (a questao seria entao, sera que os portugueses se iam submeter? ou iamos, novamente, trazer imigrantes de leste / antigas colonias para fazerem o trabalho sujo?).
Quanto a ter empresas de consultores no estado, na minha opiniao, esse e o caminho que devemos seguir! No entanto e preciso fazer grandes alteracoes a forma como as coisas funcionam para garantir que estamos a ganhar algo com isso…
Ou seja, neste momento recorre-se a consultores externos porque:
a) quando o contrato acaba mandam-se com o caralho (o que nao e mau)
b) porque os funcionarios publicos nao sabem fazer o que sao pagos para fazer (o que e pessimo)
c) e, por essa razao, obriga-se o estado a contratar servicos externos
d) e, pela desorganizacao, os servicos externos levam rios de dinheiro ao estado
d.1) porque sabem que vao demorar a receber o dinheiro
d.2) porque o dinheiro do estado e de todos e nao e de ninguem (ou seja, o gajo que assina o cheque esta a usar o dinheiro da populacao e nao o dele pessoal)
Em cima disto tudo, e necessario apurar responsabilidades pelos servicos falhados. Se o estado contrata um servico externo e ele nao consegue entregar a solucao como contratada ta fodido!
E isto aplicaria-se desde:
a) atrasos em construcoes
b) problemas com construcoes
c) integracao com aquele sistema informatico que correu mal e parou tudo…
E pronto, estes sao os argumentos que tenho para discordar de algumas coisas que abordaste!
Um abraco,
Luis Miguel
Olá Edgar Durão,
Imagina que contratas com uma companhia de seguros um seguro que estabelece as condições sob as quais podes solicitar uma indemnização. Vais pagando os prémios ao longo do tempo. As condições ocorrem, solicitas o pagamento da respectiva indemnização e quando o fazes a companhia diz-te que para te prestar essa indemnização tens que trabalhar.
A isto chamarias um escândalo, pois tinhas cumprido com a tua parte, esperando que a outro o fizesse também. Não trabalhando por conta de outrem não sou parte interessada, mas acho estranho que quem pague a componente para subsídio de desemprego ache correcto uma alteração dessas depois de efectuados os descontos respectivos.
Se me dissessem que daqui para o futuro pessoas que começassem agora a descontar, ou para os descontos futuros, só nessa condição poderia ter subsídio acharia mais razoável.
Quanto a investimentos, não sei se os que irão ser feitos são os mais adequados, mas um dos que acho indispensáveis é o da actualização/manutenção do parque escolar, só me parece estar a ser feito com algumas circunstâncias fora do vulgar, mas é o que dá ao criarem-se organismos fora das estruturas institucionais, para dirigirem trabalhos específicos.
A provável institucionalização de auditores permanentes da assembleia da república deveria ser entendido como um primeiro passo para uma maior abertura das contas públicas (mas só como primeiro passo), as contas deveriam ser mesmo públicas e de fácil acesso.
A exigência, responsabilização e transparência dos actos públicos deveria ser levada a sério.
Para mim é paradigmático que o fulano que denúncia uma tramóia tenha que pagar uma indemnização ao praticante provado da mesma e este ainda o possa processar e ganhar o processo por difamação praticada pelo primeiro, pois o denunciante não teria os poderes para efectuar o que o praticante teria alegadamente pedido. (Este período foi difícil de escrever).
Tive tempo para ler os relatórios relativos ao comboio de alta velocidade e tenho que admitir que ainda não percebi como vai em frente Poceirão->Madrid, deve ser para turistas espanhóis na Costa da Caparica, não?
@Luis Miguel Silva
Se te lembras, e bem, sou bastante defensor do nosso país. Gosto muito dele, e o facto de gostar dele não quer contudo dizer que não possa criticar ou comentar aquilo que acho que eventualmente está mal. E claro que muita coisa está mal…. não há paraísos.
Vendo os grandes pontos em discussão:
1- Desemprego – Parece-me estarmos de acordo.
2 – Grandes obras públicas : Começas por parecer estar a favor, depois acabas por parecer estar contra dado a contratação de capital e mão de obra externa. No nosso caso e o que me leva a ser mais critico em relação a esta questão é mesmo o facto de não termos dinheiro. Se bem que um investimento desta monta seria feito a meu ver com recurso ás empresas do país (não vejo porque não teriamos trabalhadores para terraplanar, assentar carris e travessas do comboio). Eventualmente apenas os comboios viriam do exterior e isso implicaria decerto mais outras componentes por arrasto. No entanto li recentemente que a UE caso este projecto seja considerado prioritário entre os prioritários poderá arrecadar ainda mais verbas. Ora neste caso o estado apenas teria de financiar cerca de 10 a 15% do projecto. Certo que mesmo estando em dificuldades, a meu ver, e pelo menos eu penso desta maneira, com algumas parcerias privadas rápidamente este valor seria angariado, e recuperado a curto prazo e e poucos anos passaria até a ter um lucro dali. Ou seja, face a estas novidades acho que mau é não se aproveitar e nao se fazer. Como disse sou contra é enterrar milhões nesta altura em que tantos sacirificios se pedem. Uma terceira ponte sobre o Tejo em Lisboa é a meu ver um investimento necessário, mas impensável nesta altura. Na minha opinião é irrealista, a não ser que alguém faça alguma magia para ir buscar o dinheiro a outro lado sem ser ao estado…. e isso não foi até agora divulgado.
– Consultores Externos: continuo a não concordar, e apenas a ver nisso uma componente demasiado despesista. E enquanto contratam equipas pensantes o capital intelectual que existe nos funcionários públicos é desperdiçado, por simplesmente ser ignorado, ou porque ninguém quer se chegar á frente e arregaçar as mangas para trabalhar.
– Responsabilidades: sim isso sim! Deveriam ser responsabilizados, assim como se quer responsabilizar gestores, também quem assina projectos de grandes envergaduras o deveria ser. É uma grande falsidade adjudicar projectos a grupos que os lançam abaixo do seu valor, para depois fazer grandes derrapagens. Acabam por ficar mais caros que os restantes dos outros concorrentes e tudo fica feliz…. São anos e milhões desperdiçados com estas brincadeiras.
Apesar de tudo, digo que continuamos a ter os mesmo problemas que os outros países. Nao existem paraísos e muito menos soluções. O que acontece é que nas próximas eleições se votam noutros para se castigar estes. Enfim…..
Hello Edgar,
Atencao que a minha opiniao sobre os consultores externos e que se deveriam reduzir o numero de funcionarios publicos e passar a recorrer a servicos externos (com os devidos estudos para ver quais seriam os que deveriam ser contratados para bem do pais [mediante custo e qualidade do servico]).
E quanto as obras publicas, o que disse e que sou a favor delas mas depende de quais sao e se temos dinheiro ou nao para as levar a cabo. No fundo, a ideia que queria passar e que deveriamos ter sempre guardado um fundo para quando precisassemos de investir em obras publicas e nao o fizemos!
Alias, estamos a tentar fazer outras coisas como emprestar dinheiro a paises como a Grecia (que tem uma taxa de juro mais alta porque representam um maior risco do que nos) com o dinheiro que nos foi emprestado (ja que, se o juro que pagamos e mais baixo, conseguimos ganhar dinheiro com isso)! O problema e se comecamos a ser considerados um risco e os nossos juros aumentam tambem…glup…
@Carlos Afonso
Olá,
tens toda a razão. Seria um escandÂlo alguém alterar as regras a meio do jogo. Mas julgo que certamente terás conhecimento de várias pessoas que usufruem dos mesmos e nem se querem preocupar em procurar um novo. OK que vivemos momentos dificeis e situações excepcionais, mas penso que isto poderia ser melhorado. A fatia do teu desconto para a segurança social não deveria dar acesso a um subsidio em caso de desemprego, mas sim a uma ocupação remunerada garantida durante X tempo num orgão público. Isto pode ser dificil mas julgo que seria mais produtivo e mais enquadrante para todos. Acho mau uma pessoa que trabalhou anos de repente ficar sem nada para fazer…. pelo menos desta forma poderia até prestar um serviço á comunidade e ao mesmo tempo sentir-se algo realizada.
É mau as regras mudarem a meio do jogo é verdade, mas no dia em que por exemplo nos disserem não haver dinheiro para pagar reformas e que todos vamos ter de viver com aquilo que temos como vai ser? Muitos hoje em dia os salários mal dão para pagar as despesas quanto mais para amealhar para a reforma.
Mas numa coisa é preciso ser responsável. Estas alterações têm de ser transparentes e serem bem explicadas ás pessoas de forma a evitar mal entendidos. OK, de acordo, uma solução poderia ser valerem apenas a partir de data X…. mas acho que é urgente alguém reformular as coisas.
Quanto aos investimentos também estou de acordo, existem N mais importantes para fazer…. Apesar de importante estarmos ligados á Europa duvido dos números e das reais necessidades explicadas. Eu por exemplo arranjo um caso prático muito simples: preciso de ir ao Porto…. ponderarei o Alfa Pendular ou vou de Intercidades? Eu pessoalmente vou de Intercidades… é confortável, e muito menos dispendioso que o Alfa. Agora se o Alfa é caro, que irá andar de TGV ? Qual é o target dele ?
O teu caso apontado de transparÊncia é demais… assim por alto tenho a ideia a quem te referes, mas não o vou dizer não vá ainda ser processado pelo dito por difamação 🙂
É chocante ver que o corrupto ainda processa o que o denuncia.
Quanto ao comboio garantidamente traria mais turistas até á Costa da Caparica, e que já são poucos por isso seriam bem-vindos. Não percebo como avança ele…. quer dizer até percebo, porque afinal a ponte que não era para construir afinal o concurso foi cancelado, porque irá ser lançado um novo daqui por seis meses….. Ou não houve alguém que disse que o TGV até poderia aproveitar a infra estrutura da ponte 25 de Abril para passar ?ORa…. é isso mesmo. Se fizerem passes em vez de andar no comboio da Fertagus passo a apanhar o TGV se ele parar no Pragal para ir para Lisboa. . Ora é este tipo de trapalhadas que me refiro neste posto, diz de uma maneira, diz de outra, cancela, retoma…. Ninguém se entende.
@Luis Miguel Silva
Luis, tudo bem. MAs a minha questão é…. até que ponto sao precisos os ditos consultores?
Obras públicas…. não o fizémos nem o faremos. Aliás a grande fatia dos milhões vêm sempre de fora…. já reparaste? É para tudo. Se precisássemos de todo o capital para fazer algo acho que estávamos mal.
A Grécia julgo ser uma ajuda dada enquanto responsabilidade por fazermos parte da UE. Tenho sérias dúvidas que algum dia venha dali algum dinheiro, aliás acredito que ainda teremos é de emprestar mais.
@Edgar Durão
obras pubicas há aos montes. só na zona onde vivo há meia duzia de escolas a serem arranjadas (uma delas onde fiz o meu secundário) e passo todo os dias por uma “creche” nova numa zona com muita habitação e sem esse tipo de serviço.
isto para não falar nas obras de 4 milhões de euros que foram feitas no hospital.
Carlos Afonso,
Levantaste um ponto realmente interessante (e que me estava a passar completamente ao lado)…
Realmente o subsidio de desemprego e feito para dar de volta algo as pessoas que deram tambem quando tinham trabalho!
No entanto, nao concordo com a tua analogia com a seguradora! Simplesmente porque sao regras distintas!
O subsidio de desemprego e para quem nao consegue arranjar emprego (para se poderem aguentar face as dificuldades). Nao vejo porque raio e que nao possam trabalhar para ganhar esse dinheiro?
Se o problema e nao arranjarem trabalho, o Estado arranja-lhes!
Caso contrario, desculpa la mas sou completamente contra as coisas como tu descreves! Estas a descrever o subsidio de desemprego como um DIREITO que alguem tem por nao trabalhar (quando, na realidade, e [ou deveria ser] para quem nao consegue arranjar emprego)!
Hugz,
Luis
@Edgar Durão
Tenho ideia que nao e por obrigacao nenhuma que estamos a emprestar mas sim para ganharmos dinheiro com isso (nada melhor que aproveitar a desgraca dos outros para criar agiotas)!
Quanto ate que ponto sao precisos os consultores, e o que te estou a dizer: sao precisos!
Sao precisos porque se criou aquela ideia de que emprego na funcao publica e para a vida e, por isso, nao se contrataram as pessoas certas (e agora nao ha verba para se contratar as pessoas certas)!
O que temos neste momento e um batalhao de pessoas que nao sao capazes de desempenhar funcoes que DEVERIAM ser capazes de desempenhar mas nao as podemos despedir por causa das leis actuais do trabalho!
Por isso e que ja disse que TEMOS de mudar as leis do trabalho para facilitar o despedimento (para so sobrar quem e competitivo e produtivo)!
…e claro que e preciso garantir que quem trabalha nessa altura e recompensado ah altura!
Podes crer que isso e que resolvia esta merda toda!