Moto-Férias: Estrada Fora II F125cc – Dia 1, Sintra > Porto Côvo

O dia começou cedo, pelas 6.30 da manhã já muitos se remexiam nas tendas. Após um banho de água quente e lavar os dentinhos para acordar, ainda dei um pouco de carga ao telefone, que já previa que a bateria não durasse nada, especialmente se andasse com 3G/internet/Wifi ligados.

E aqui começou o problema: depois da montagem da tenda, vinha agora a desmontagem e arrumação.


Com alguma dificuldade para que tudo coubesse no pequeno saco lá fui tentando reconstruir a coisa, e o amigo Alfredo deu-me uma ajuda muito importante para atingir tal feito.

Além disso, aqui começam logo as falhas: coisas que os homens raramente se lembram até se depararem com elas: faltava o pequeno almoço! Graças á Carla Pinto que me arranjou uma sandocha, e á Lena (esposa do Alfredo) que me deu um iogurte liquido e mais uma sandocha lá consegui tomar um pequeno almoço.

Tudo montado na mota, foi altura de romar á portaria, sendo o último claro…. ahhh.

Após reunião na portaria do Parque fomos á BP tomar o café – quem precisa de café para começar o dia sabe a importãncia disto. Uns aproveitaram para atestar, outros para ir logo bebendo café, sendo que a seguir voltariamos ao parque estando a saída agendada pelas 09 da manhã.

O Pedro Minas chegou um pouco atrasado, dado que não tinha acampado conosco, mas tinha em contacto telefónico dito que levava cerca de 15 minutos. Após as 9.15 começamos a pensar que teriamos um desistente, dado não aparecer, mas foi falso alarme. Parece que as coisas não se seguravam em cima da PCX.

E lá chegou, e entretanto já tinhamos colocado tudo na Ford do Carlos Alexandre. Foi altura de nos fazermos á estrada.

Passando por uns caminhos que o Paulo (que entretanto tinha já chegado ao parque) conhecia lá fomos indo até á A5, passado a ponte 25 de Abril, e parámos na primeira área de serviço Norte Sul da A2. Eu aproveitei para ver o ar dos pneus. O da frente estava com um pouco de ar a menos, e foi corrigido.

Lá fomos indo, numa viagem fantástica a 80/90 Kmh e parámos na Comporta para esticar as pernas.

E revelou-se uma excelente opção este percurso. Apesar de um pouco mais longo que o antes previsto, revelou umas paisagens fantásticas.

Chegámos a Sines, não sem antes ter saltado uma almofada do banco da Virago do Marco Machado. Com alguma mestria a almofada foi recuperada, apesar de ser declarada uma experiência falhada, e ter sido deitado ao lixo logo a seguir!

Chegámos a Sines, lá fomos procurar um Hipermercado para comprar algumas coisas. O almoço estava em grande parte feito, dado que iriamos comer os restos dos grelhados da noite anterior. Só faltavam as bebidas e isso rápidamente foi comprado.

Apanhámos um lugar á sombra, meteu-se a carrinha de marcha atrás, tirou-se a mesa, e e a comida e toca a comer!

Acabámos por fazer o dia feliz de um cãozinho abandonado no hiper, dado que lhe demos bastante comida. Aparte todos os impropérios chamados a quem o abandonou, pelo menos neste dia ficou com a barriga cheia.

Após o almocito foi altura de arrumar tudo e irmos á procura do parque da Ilha do Pessegueiro. Infelizmente foi também nesta altura que me afligi com o facto da mota ter pouco óleo. Aparentemente devido á grande viagem o nivel mostrado era demasiado baixo, e esperar minutos conforme indica o manual não é suficiente após uma grande viagem.

Claro que depois encontrar óleo Castrol Power 1 GPS 10w30 para uma Honda parece ser uma tarefa inglória, dado que aparentemente só é vendido na Honda, e concessionários ali perto… só em Faro e Portimão. Boa!

Bem lá seguimos, e tive que parar para verificar o telefone. Acabei por me perder da caravana, mas nada de critico dado que sabia onde ir ter. E lá ia eu de GPS na CBF á procura do caminho…. ia até as pilhas do GPS acabarem, e ter de parar para colocar um novo pack de pilhas. Segui pelo caminho entre Sines – Porto Côvo junto á linha da costa, passando junto da Central Termoéletrica. Viagem fantástica, com uma estrada não tão fantástica. Já os meus colegas tinham ido pela de cima, que têm uma paisagem não tão gira.

Acabei por chegar ao Camping ao mesmo tempo que eles, e após fazermos o registo lá pagámos – 7 euros e qualquer coisa, bem menos que os 8,50 em Almornos.

Spot de acampamento escolhido, tenda montada, fomos para a praia que o calor convidava.

Mais uma vez, uma das falhas de planeamento apareceu: não trouxe protetor solar. A Lena emprestou-me um pouco do dela. Dia agradável! Bastante calor, e sentia a cara quente. Tinha feito a viagem de óculos de sol, e capacete integral aberto para desfrutar a natureza e isso no dia a seguir notar-se-ia.

Ao longe o forte da Ilha do Pessegueiro era bem uma paisagem excelente. Já quanto aos banhos a maior parte cortou-se: água fria e ondas com muita força a puxarem tiraram muitos da água. Ainda me consegui refrescar integralmente, com algum cuidado.

No fim da praia uma banhoca de água doce, e ainda decidi ir ao supermercado. Enquanto os outros arrancaram para ir ás comprar para o jantar, acabei por ir atrás deles (ou tentar) e acabei por ir a Sines novamente. Um pouco de passeio pela cidade (?) que achei algo pouco movimentada. De seguida fiz uma viagem ao Pingo Doce para comprar o pequeno almoço, e na saída mais uma vez vi o óleo. Estava um pouco acima do minimo, e como entretanto já tinha falado com o meu concessionário da Honda tinha tido a recomendação para comprar um óleo 10W30 numa BP, ou então um 10W40 para completar o nível, a preocupação foi um pouco esquecida.

De volta ao camping ainda passei por umas torres de aerogeradores, que já quando tinha estado no passado em Porto Côvo me tinham impressionado. Pois bem, vai daí decidi ir fazer off-road e tentar ir até á colina na CBF. Péssima ideia: devagarinho lá fui indo a subir a enconsta, até que encontrei uma senhora e um cão, ao que tive que parar, e para arrancar foi complicado devido ao terreno acidentado e de gravilha.

Continuando pela subida, cheguei de facto ao limite, em que a mota não subiu mesmo mais. Tendo começado a fugir, devido ao cascalho e inclinação decidi voltar. O problema foi mesmo virar a mota sem cair, para voltar para baixo, mas após fazer umas escadinhas com ela de lado, lá consegui começar a descer aquilo com muito cuidado, porque qualquer travagem dura seria um espalhanço certo. Uma experiência com muita adrenalina, a repetir quando tiver uma mota de trial a sério 🙂

Chegado ao parque a malta já jantava, e lá me juntei.

Após a bela da saladinha ainda surgiu o cafézito!

Mesmo com o café que já tinhamos bebido, era dia de festa no parque.

Decidimos ir beber um cafézito, ou uma cervejita para os mais corajosos. Ainda houve quem desse um pézinho de dança, mas pelas 23, no meu caso recolhi. A viagem tinha sido longa, e o cansaço já se manifestava.

E lá formos dormir. Previsão de acordar ás 7, contudo alguém acordava sempre mais cedo que isso, e até um galo se ouviu cantar no dia seguinte se não me falha a memória.

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