Este ano decidi fazer algo diferente para uma parte férias: tinha visto a diversão destes colegas de passeio no ano passado, e fiquei com alguma inveja. Assim fui estando de olho no tema, e no inicio de Abril lá marquei férias e fiquei na expetativa da aventura que viria.
O plano era simples: andar de mota pelo sul do País. Confesso que mais junto a Julho ainda não saber onde iria ficar me fez ficar algo preocupado, mas sempre acreditei que tudo estava devidamente organizado pela organização, não sendo ainda do conhecimento.
Como a experiência foi tão engraçada, e tenho algumas fotos da viagem, decidi partilhá-la por aqui. Porque acredito que o melhor que fica da vida são as memórias e recordações, tentarei documentar aqui um pouco a experiência.
O percurso era já conhecido, e datas. Estava tudo a postos para a grande partida!
O primeiro plano apontava para uns 800/900 KM. Apontei para uns 1000KM, sabendo que mais voltinhas a coisa iria aí parar.
A dias antes da grande partida, a inquietação começou a agitar os participantes, seja no fórum, quer no grupo do Facebook do evento. Como seria normal, alguns ainda desistiriam, e outros se juntariam. O evento no ano passado tinha sido uma diversão e tinha saído também na revista Motociclismo e também na MotoJornal.
E foi altura de dar o pontapé de saída: comprar o equipamento para levar na CBF. As tendas que possuo nenhuma era adequada para levar na moto devido ao seu tamanho. Assim e com os conselhos do Rui Martins (Balasteiro), altamente experimentado nestas coisas do moto campismo, as escolhas recaíram em grande parte em equipamento mais económico do Decathlon, porque se por um lado o espirito low-cost da viagem era predominante, comprar equipamento caro também não era algo desejado.
E assim foi: uma tenta, um colchão, um saco cama, e uns pequenos chinelos. O resultado foi este:
Tudo perspetivava um sucesso. A aranha já estava comprada desde o ano passado, faltava uma cinta, e uma visita á Norauto permitiu a compra do tal “artefacto”. Na Segunda Feira foi ainda dia de visita á Honda para controlar o nível do óleo, e após alerta do mecânico, as pastilhas da frente foram trocadas. Aos 14000Km tiveram que ser substituídas. Antes assim, por não chegariam aos 16000, a próxima revisão, e provavelmente iria ter problemas na viagem.
Tinha decidido participar logo no dia 0, apesar de estar a cerca de 20KM do parque de campismo de Almornos, decidi ir logo acampar com os novos colegas de viagem nessa noite.
Após uma manhã relaxada, para bem começar as férias, acabei por demorar mais nalgumas coisas por casa, e chegado ás três da tarde ainda não tinha saído daqui. Ao ver a localização de Almornos e a tentar colocar no GPS confesso que apenas retive que ficaria para cima da Amadora, perto de Pêro Pinheiro, dado que rápidamente descobri que a recepção do parque fechava ás 17h. E aí fui eu á aventura…..
Melhor que um GPS nada como os populares, e os velhotes sentados na beira da estrada são os melhores guias, mesmo apesar de os caminhos a seguir se contradizerem em duas versões: cada um tinha uma opinião própria. Lá segui mais ou menos, e reconfirmei noutro a seguir. A direcção era Dona Maria, e lá estaria o dito parque de campismo do Clube de Campismo de Lisboa.
Pelo caminho reparei que toda aquela trouxa na traseira da mota colada á topcase, e a mochila nas costas me obrigava a uma posição de concução mais á frente, deslocando assim o centro de gravidade da mota. Reparei nisso logo nas primeiras curvas…. e isso era algo que teria que corrigir.
Lá chegado descobri que os meus camaradas tinham saído, e dado que práticamente eram todos de fora de Lisboa decidiram ir conhecer a zona de Sintra. A senhora de recepção informou-me que tinham saído mesmo agora, mas que a minha estadia já tinha sido paga. Após a conversa lá liguei ao Marco Machado da organização, que não atendia por ir em viagem, e após lhe enviar um SMS, lá me ligou, estava já eu a montar a tenda.
Montada a tenda foi altura de aguardar um pouco pelo resto da caravana. E decidi explorar um pouco o parque de Almornos. Muitas caravanas e tendas estáticas, algumas crianças jogavam á bola. Adultos nas tendas falavam. Enfim… nada de especial, e que me fezz constatar que decididamente aquilo não eram o tipo de férias que queria ter na vida. Campismo sim, mas com visitas a qualquer coisa, ou pelo menos uma piscina e praia. Não obstante tal, o parque até está bem cuidado, apesar do aspecto de abandono de algumas caravanas fixas. Parece já ter tido mais movimento…. imaginei que a crise também chega a este segmento.
E depois lá apareceu a malta, após a sua visita á praia das Maçãs e outros locais.
O programa das festas contava com um jantarzito em casa do camarada Carlos Alexandre, e após as apresentações a todos lá saímos nós para procurar a casa do Carlos.
Após alguma aventura lá chegámos ao local, e foi altura de deitar mãos á obra. O grande Alfredo Lopes atacou a grelha, e em conjunto com o Carlos fizeram uma grande churrascada!
E estava assim formado o arranque para o passeio: 10 motos na caravana, 15 pessoas, e mais alguns visitantes neste primeiro dia: uma espécie de NSR (?) a ser reconstruída pelo Rloureiro, e uma Kymco Downtown 125 do Pedro Machado (Axe) foram os nossos visitantes para o jantar.
A caravana viria a ser constituída pelas seguintes motos:
– 1 Yamaha Virago 125 (Marco Machado + CPinto) que vinham de Coimbra
– 1 Honda PCX (Pedro Minas) – Perto de Almornos
– 1 Honda CBF125 (Durão – eu) – Almada
– 1 Suzuki Marauder 125 – tony007 da Maia
– 1 Yamaha YBR 125 – Alex do Cacém que se juntou a nós em Porto Côvo na Sexta.
– 1 Honda CBR125 do Paulo vindo do Cacém
– 2 Yamaha Virago 250 – Alfredo Lopes + Lena, e Ed.Mateus e Sandra, respetivamente de Ovar e Marinha Grande.
– 1 Kinroad XT125 – Sara que se juntou a nós em Porto Côvo com o Alex.
– 1 Honda NC700X do Balasteiro de Póvoa de Santa Iria, que acabaria por ser o nosso road leader.
– 1 carrinha Ford, do Carlos Alexandre, que por motivos de saúde não pode ir de mota, e se juntou assim com a esposa na carrinha. Este veio a dar um jeitão, dado que acabou por ser o carro de apoio do evento, tendo sido as bagagens transferidas para a mesma no dia 1. Resolvi assim o problema de carregar a tralha toda na mota, e da posição de condução.
Um grupo bastante heterogéneo em termos das localizações de origem.
Ao jantar o nosso colega maniac e outro amigo juntaram-se a nós para um cafézinho no parque de Almornos. Pelas 11.30 foi tudo para a caminha porque no outro dia seria para levantar cedo e estarmos fresquinhos para a viagem.
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