Reformulação em 3,2,1…

O blog já vem desde 2003, e tem-se pautado por essencialmente serem escritas pessoais, rabiscos no cibermundo. Ao longo destes dezoito anos (já havia umas coisas antes de 2003 mas foram perdidas e nunca encaixaram por aqui) muitas das minhas opiniões e apreciações sobre determinados temas mudaram – não há forma de negar, faz parte da nossa evolução, e o blog mudou também – no entanto fiz questão de manter este meu pequeno livro vivo.

Por várias vezes já ponderei acabar com isto, e de facto o tempo, e a paciência é cada vez menor. Depois arranjar temas interessantes para dissertar aqui é uma tarefa hercúlea devido ao tempo também, mas tem-se mantido vivo, dado que desde 2000 salvo erro decidi que ter um domínio próprio seria a forma mais simples de me salvaguardar de mudanças de mail providers, e um dia quando desaparecer também apagará automaticamente a minha pegada digital, eliminando assim os vários escritos dispersos pondo um fim no livro – é uma forma diferente de ver o tema da morte digital e as suas complicações e envolventes: todos vocês devem conhecer certamente alguém no Facebook que faleceu e continuam a dar-lhe os parabéns depois de morto – a morte digital é um tema curioso e interessante, e fiquei sensibilizado para tal desde que tive oportunidade de assistir a uma palestra sobre tal num Codebits (julgo…).

Mas adiante, o blog aqui andou pela casa da webtuga durante muitos anos, depois numa ótica de contenção de custos, ou melhor, racionalização deles fui para a domínios.pt – acho que à boleia do registo de um domínio .pt – e por la andei.

Este ano, eu e muitos clientes recebemos a boa nova que os preços iriam aumentar de 14€ para 44€ – algo assim parecido. De uma tremenda falta de noção, só posso classificar a atitude como de alguém que não estava interessado neste nicho de mercado – tive oportunidade de lhes o dizer, e claro, de la vou sair no final do ano – nunca gostei muito de roubos.

Ora tudo isto me levou a por em perspectiva acerca do blog, e de como evoluir ou terminar o mesmo: então decidi fazer uma experiência – passei a alojar o blog em casa num simples Raspberry Pi : do ponto de vista energético faz sentido, rentabilizei hardware parado, conectividades são mais que suficientes hoje em dia e tive assim flexibilidade para fazer um conjunto de experiências que gostava de fazer.

A evolução de blog para um registo mais “fotográfico” não está posto de parte, e ainda está em cima da mesa noutro sub domínio paralelo.

Continua é a faltar tempo – e paciência – e coisas tão básicas como fazer upgrade ao WordPress, ou falhar uploads de uma imagem, ou ser necessário despoletar manualmente o processo de novos certificados SSL, ou preocupar-me com backups, ou andar a esgravatar e fazer tune a mil coisas do Ubuntu, do Apache, do PHP e serem assim coisas para as quais que de momento não tenho tempo.

Assim dei por mim novamente a olhar para VPS, droplets, e coisas, e simplesmente a decidir que quero um simples alojamento para o blog e um fórum que pouco mais é um repositório histórico de uma passagem minha por uma comunidade da cbf125 da Honda é que eu e outro colega temos vindo a fazer durar na história.

Algo simples de manter, que se atualize automaticamente, ou com um clique, e que tenha por trás uma equipa a preocupar-se com os so’s , tunes, backups e tudo o resto para que a coisa funcione.

E está minha história explica o porquê da morte de tantos blogs pessoais por aí, e já não falo das páginas pessoais. Este blog faz parte de um agregador de blogs bastante ativo em tempos, e ainda com muitos bons conteúdos, e podemos numa consulta ao PlanetGeek ver que muitos dos seus blogs integrantes já não existem.

Diria que, tal como as páginas pessoais por carolice morreram, os blogs pessoais também tiveram muitos fins semelhantes.

Quanto a este vai ser mantido vivo por agora, irá para uma nova casa, deixar o raspberry pi e o disco ssd onde habita, e provavelmente voltar à Webtuga que está bem posicionada na análise que tenho feito ao mercado de hosting.

Em breve deverá haver um novo template, migração dos conteúdos e veremos.

Estou com vontade de começar do zero, aliás tenho mesmo que o fazer dado que este WordPress já teve tanta evolução que precisa mesmo de uma limpeza (até openid isto faz ainda!), e depois veremos. As escritas não voltarão a ser regulares, mas o registo fotográfico é algo que me seduz, e por isso não será de descartar, haja uma plataforma funcional e que possa ser usada de um smartphone.

A escrita já vai longa, vê-se que estou de férias, por ora a decisão está tomada – tal como nas eleições, vamos dar continuidade ao projeto, com ligeiras variações 🙂

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