Samsung Galaxy S, agora com Froyo 2.2

Já tinha tido alguns pdas, nomeadamente o último o TMN Bluebelt que por aqui tanto comentei, e apesar de já não ser o telefone que usava actualmente sentia a necessidade de algo mais “elaborado” que o meu Nokia que usava. Algo que me permitisse ver os meus emails, as minhas feeds Rss, consultar páginas, usar RDC para usar um PC algures, enfim até usar Twitter/Facebooks e afins sem ter de ligar um PC e especialmente sem ter que o ligar.

Confesso que ainda pensei em comprar um IPhone mesmo usado, mas no fim de ver alguns colegas com o Galaxy fiquei siderado. O ecrã dele captivou-me por completo!

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As características de hardware eram também das melhores, e aliado ao facto da minha operadora, a TMN estar a vender o mesmo por menos de 400 euros decidi tornar-me o feliz proprietário de um:

Dimensões 122.4 x 64.2 x 9.9 mm

Peso 119 g

CPU ARM Cortex A8 1GHz processor

Memória Internal 8 GB storage, 512 MB RAM, 2GB ROM

Card slot microSD, up to 32GB

Battery Standard battery, Li-Ion 1500 mAh

Stand-by Up to 750 h (2G) / Up to 576 h (3G) / Talk time Up to 13 h 30 min (2G) / Up to 6 h 30 min (3G)
Display Type Super AMOLED capacitive touchscreen, 16M colors, Size 480 x 800 pixels, 4.0 inches

E ainda mais umas quantas specs engraçadas:
– Gorilla Glass display
– TouchWiz 3.0 UI
– Multi-touch input method
– Accelerometer sensor for UI auto-rotate
– Touch-sensitive controls
– Proximity sensor for auto turn-off
– Swype text input

Assim lá veio ele cá para casa e para o meu bolso. Confesso que como amador, não filmei o unboxing nem nada parecido (shame on me!). Na altura tirei umas simples fotos relativamente á questão dos micro sims que tanto foram badalados e fiquei apenas por aí, tendo colocado a mesma uns dias mais tarde aqui pelo blog.

O telefone é de facto espectacular, e impressiona qualquer pessoa ao ver o seu maravilhoso ecrã no seu pleno. Fotos, vídeos, e mesmo tirar fotos e gravar vídeos a 720p é um mimo com este telefone. Por ser baseado numa plataforma opensource (apesar de muitos dizerem que mesmo sendo opensource não se pode interferir no projecto, dado ser o Google que o controla) é para mim uma vantagem. Existem milhares de aplicações gratuitas no Market do Android, sendo que apesar de muitas serem lixo, muitas mesmo são boas. Existem mesmo muitas que apesar de pagas, valem bem a pena. Recorde-se apenas que desde dia 10 de Outubro que o Market pago foi aberto em Portugal, algo que estava vedado até então, só sendo acessivel usando alguns truques que simulassem o telefone como sendo de outro operador, por exemplo dos EUA.

A correr nativamente Android 2.1 (Éclair),  sendo o Launcher o TouchWiz 3.0, a meu ver estéticamente bem mais polido que o stock Laucher do Android, recebeu óbviamente criticas pela sua tentativa de colar no standart do IPhone. Mas guerras de Android fãns Vs Iphone fãns não são para aqui chamadas.

O telefone tira uma fotos excelentes de dia, dado que de noite, sem luz e dado não ter flash é realmente fraco (podia ser ainda bem pior note-se). Têm também contudo de se ter algum cuidado de forma a limpar sempre a protecção da lente antes de tirar fotos, porque fácilmente fica com dedadas e estraga as fotos, ficando as mesmas completamente baças.

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Portugalia

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Se em termos de foto e estética quer do aparelho em si, quer da UI do mesmo é muito bom, o ponto que achei menos positivo foi a bateria.

Os 1500mAH de capacidade da mesma, no caso de uma utilização intensiva mal dão para um dia, e isto para mim significa das 07 da manhã ás 22 horas. Claro que em utilização moderada dura mais, mas quanto mais tempo o ecrã estiver ligado/gps ligado/ 3g ligado/wifi ligado menos ela durará. Hoje consigo fazer cerca de 1.5 dias com a bateria, mas todos os dias a carrego pela noite de forma a evitar “contratempos”.

O telefone vinha nativamente com o Android 2.1, e que continha algumas aplicações desenvolvidas no Sapo, um Leitor de E-Books que continua um livro de José Saramago, um do Nilton, e penso que ainda mais um outro.

Rápidamente se chega á conclusão que o interessante seria passar para o Froyo 2.2: seria isso que qualquer Geek rápidamente equacionaria, e foi isso mesmo que fiz. Experimentei durante uns dias para ver se existiriam problemas de maior que me obrigassem a levar o mesmo á assistência, e dado não haver, como se costumar dizer: fogo á peça!

Rápidamente se percebe a quem ande por dentro destas coisas que o XDA-Developers é uma biblia sagrada 🙂 e o fórum da comunidade androidpt.com é uma segunda biblia, ou pelo menos a versão Portuguesa da dita. Os fóruns da Modaco são ainda também uma grande referência.

Os números de vendas pelo mundo inteiro foram brutais para este modelo, e isso reflecte-se na quantidade de pessoas que se juntam em torno destas comunidades.

Espantoso foi a quantidade versões de ROM’s que sairam “leaked” da Samsung para este equipamento. Ou seja não havia versão Android 2.2 oficial para upgrade, mas saíam sempre versões novas. Muitas vezes várias numa semana. Ou eram possíveis de ser flashadas via Odin, ou até mesmo pelo próprio Kies, o programa oficial de upgrade da Samsung com alguns tweaks no regedit (só funciona em Windows).

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Óbviamente que todas estas experiências fácilmente se mal feitas podiam conduzir ao ganho de um magnifico tijolo de 400 euros, que poderia ser usado como pisa papéis. E muitos por esse mundo fora assim ficaram.

Também rápidamente para quem é mais atento a estas coisas percebeu que o telefone têm um outro problemita com a rapidez. A Samsung insiste na utilização de um sistema de ficheiros do tipo RFS, criada pelos mesmos, que é uma espécie de FAT + permissões + journaling. Ao que percebi, para evitar problemas de integridade (a famosa história do user tirar a bateria – que no iPhone não é possível) todas as operações são de imediato escritas na memória NAND do equipamento. Igualmente em paralelo com as leituras do SO por vezes torna o equipamento muito lento. Em regra geral não se repara, mas por vezes pode levar a ficar-se coma  sensação que se está a espera de algo, o que não é justificável dado que o hardware é tão bom.

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Existem vários truques para resolver isto criados por terceiros, que involvem em regra geral a utilização de um sistema de ficheiros de outro tipo. Os mais comuns são o OCLF (One Click Lag Fix) do RyanZa que envolve a criação de um ficheiro em EXT2 em cima do sistema de ficheiros, e montar o sistema de ficheiros do telefone para usar esse ficheiro como filesystem. Isto causa uma boa rapidez, dado ser uma espécie de buffer intermédio, obtendo valores de 2000+- no Quadrant, uma aplicação de benchmark, face aos 800 do sistema stock.

Outra abordagem é usar o Voodoo Lagfix do projecto voodoo, que implica a reconversão das partições internas do telefone para EXT. É algo mais complexo dado que implica flashar Kernel, mas é a meu ver o melhor, mesmo tendo valores mais baixos no Quadrant (1400/1500+-) contudo a rapidez não é tudo, dado que neste caso passamos a usar um  filesystem nativo EXT. Como tudo isto envolve riscos, e há quem argumente que isto rápidamente poderá fritar os chips NAND. Outras argumentam que dado que a quantidade de operações de leitura e escrita é menor, o tempo de vida será superior. O fabricante não se pronuncia, nem têm que o fazer, e continua a colocar no mercado o equipamento com RFS, menos performance, mas á prova de erros estupidos e básicos como retirar baterias que podem danificar o filesystem.

Assim e após muito tempo sem novidades “oficiais” nas últimas duas semanas verificou-se que começaram a sair as releases oficiais via Kies para o Froyo (Android 2.2).

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Em termos visuais existem bastantes diferenças, mas essencialmente existem novas coisas, como o AP Móvel que permite transformar o vosso telefone num sistema de partilha de rede 3G por Wifi, apps melhoradas, e até a nova app de Gmail que apenas está disponivel para Froyo.

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Na passada semana foi a vez dos clientes TMN serem contemplados com a nova versão a JPA, que já está disponível via KIES para quem quiser actualizar.

Em termos de hardware esta versão oficial corrige também alguns problemas identificados como recepção de GPS que fica agora muito melhor que na versão Éclair 2.1, e é bastante mais rápida – 950 no Quadrant, sem nenhuma modificação.

Contrasta precisamente com a versão oficial que saíu nalguns países e que é a JPO, como no caso do Reino Unido. Portugal foi aparentemente contemplado com a JPA que têm uma build date superior até á JPO.

Bom upgrade & have fun. Para aqueles que tanto reclamam das apps do Sapo instaladas no telefone, gostaria apenas de dizer que até são bastante úteis.

O Sapo Desporto,  a Banca Sapo (que permite ver as capas de todos os jornais Portugueses, o Cinema são das apps mais úteis que se encontram por aí e funcionais.

3 Comments

  1. Boas, excelente post!
    Sabes de alguma maneira para remover as apps da sapo? Nao me sao uteis de todo e a banca sapo esta sempre ligada nao dando para desligar..

  2. Olá, adquiri o meu SGS desbloqueado está semana com a versão 2.1.
    Estou a utilizar o Kies para fazer a suposta actualização mas a mensagem é sempre a mesma,
    “a sua versão já é a mais recente”.

    Não sei o que se passa, uma ajuda era bem vinda.

    Obrigado,

    Pedro

  3. essa ram de 512 megas é enganosa. ao contrário dos outros “smartphones”, em que a ram anunciada é a disponivel, no galaxy a ram anunciada é a ram total, sendo que a ram disponivels para o sistema é de 324 no android 2.1 e 304 no 2.2, pelo que vi referido em varios sitios. infelizmente não sabia disso qd comprei o meu. se fosse hoje não o teria feito e teria comprado um iphone.

    João, podes sempre fazer root ao telemovel e apagar os ficheiros das aplicações, visto q o android é aberto mas só para os operadores, para os utilizadores é fechado como qq outro telemovel “tipico”.
    podes também tentar encontrar uma rom base da samsung estável mas não sei se é facil de encontrar…

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